FUNDAÇÃO ALAGOANA
DE PESQUISA, EDUCAÇÃO E CULTURA- FAPEC
Faculdade de Tecnologia de Alagoas- FAT
Curso de Licenciatura em Pedagogia
ANA CAROLINA DA SILVA
SALES
JOSÉ CÍCERO DA
SILVA
POR QUE A AVALIAÇÃO MEDIADORA NÃO ATENDE
OS ANSEIOS NA/DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
MACEIÓ-AL
2020
ANA CAROLINA DA SILVA
SALES
JOSÉ CÍCERO DA
SILVA
POR QUE A AVALIAÇÃO MEDIADORA NÃO ATENDE
OS ANSEIOS NA/DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Artigo científico de revisão apresentado à Faculdade de Tecnologia de
Alagoas- FAT, como parte das exigências do Curso de Licenciatura em Pedagogia,
para obtenção do título de Licenciado, aprovado em: (dia) de (mês) de (ano).
Orientadora:
Ma. Cyntya Meryely.
MACEIÓ-AL
2020
POR QUE A AVALIAÇÃO MEDIADORA NÃO ATENDE
OS ANSEIOS NA/DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Cyntya
Meryely1
Ana Carolina da Silva
Sales2
José Cícero da Silva3
Resumo O presente
trabalho tem como objetivo compreender a importância da avaliação mediadora e
os seus benefícios para o processo do ensino e aprendizagem na Educação de
Jovens e Adultos (EJA). Nesse contexto, a proposta deste trabalho visa
apresentar conceitos a respeito da importância da avaliação mediadora na EJA, e
como o professor pode fazer a diferença na relação do processo de
ensino-aprendizagem, tornando assim, muito importante o estudo e a compreensão
a respeito deste tema. A pesquisa assume um caráter bibliográfico com base em produções científicas. Inicialmente
buscou-se conhecer o contexto histórico da avaliação mediadora no Brasil e, no
decorrer do trabalho compreende-se a avaliação mediadora como instrumento de
intervenção e melhoria do processo educacional. Com fundamento nas reflexões realizadas,
as informações adquiridas por meio desta pesquisa comprovaram o quanto a
avaliação mediadora é importante nas ações diárias do professor para o
desenvolvimento educacional do aluno da Educação de Jovens e Adultos.
Palavras-Chave: Avaliação Mediadora. Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ensino e
Aprendizagem. Aluno. Professor.
E-mail:cyntyaneto@gmail.com
E-mail:carolinasales31@outook.com
E-mail:campinafilho@hotmail.com.
1. INTRODUÇÃO
O presente estudo faz uma
análise da avaliação mediadora na Educação de Jovens e Adultos. Assim, a
pesquisa sobre esse tema é relevante, pois evidencia a importância da avaliação
mediadora no ambiente escolar, mais precisamente na EJA, bem como a relação teoria e prática no processo do ensino
e da aprendizagem.
A partir deste estudo buscou-se reunir informações com o propósito de
responder ao seguinte problema de pesquisa: Qual a importância da avaliação mediadora
para a Educação de Jovens e Adultos? Como a avaliação mediadora pode contribuir
para o processo do ensino e da aprendizagem aos alunos da EJA?
A
avaliação mediadora proporciona uma ação reflexiva da aprendizagem, sem
julgamento de resultados nas atividades propostas pelo professor. A avaliação
mediadora direciona-se a promoção de ações em benefício dos alunos, e o
professor tem a responsabilidade por meio de uma prática centrada em conhecer esse
aluno e identificar a maneira adequada para promover a aprendizagem, buscando
avaliar o aluno constantemente para realizar as devidas interferências por meio
de novas alternativas para que a aprendizagem ocorra.
Assim, justifica-se neste sentido o estudo proposto a
necessidade de tornar pertinente aprofundar reflexões sobre questões relacionadas a importância da
avaliação mediadora na EJA. Cujos objetivos são a
importância da avaliação mediadora e os seus benefícios para o processo do
ensino e aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos. Como também refletir
sobre o contexto histórico da Educação de Jovens e Adultos no Brasil; realizar
reflexões sobre a avaliação mediadora como instrumento de intervenção e
melhoria no processo educacional e, evidenciar a função do professor diante da
avaliação mediadora e a sua intervenção no processo de ensino e aprendizagem.
A metodologia utilizada para este estudo está direcionada
na análise da revisão de literatura, de caráter
bibliográfico com base em publicações científicas por meio de livros e
artigos, como também o disponível em meio online, referentes ao assunto abordado,
procurando assim obter o maior número de informações por meio de autores que
possam abordar de forma efetiva o tema aqui apresentado, que possam esclarecer
e contribuir de forma a resolver o problema em questão.
Primeiramente o trabalho apresenta a introdução,
trazendo o tema da pesquisa e sua abordagem relacionada a importância da
avaliação mediadora para o processo de ensino e aprendizagem na EJA, apresenta também
a justificativa, a problematização, a hipótese, os objetivos gerais e
específicos e a metodologia empregada.
Dessa forma, a estrutura deste trabalho
organize-a a partir dos fundamentos teóricos, que se formarão enquanto
referencial desta pesquisa. Inicialmente, abordará precedentes sobre o contexto
histórico da EJA no Brasil. Em seguida, será relatado reflexões sobre a
avaliação como instrumento de intervenção e melhoria do processo educacional, a
conceituação e concepção da avaliação mediadora, a função do professor e a sua
intervenção no processo de ensino-aprendizagem, como também as intenções da
avaliação mediadora. Por fim, será apresentada a metodologia utilizada
necessária à realização deste trabalho.
2. BREVE CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NO BRASIL
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi criada
por meio do Decreto nº 6093 de 24 de abril de 2007, objetivando à
universalização da alfabetização de Jovens e Adultos, a partir dos 15 anos ou
mais, desta vez com dotação orçamentária. Dessa forma em 2008, a EJA passou a
fazer parte das Leis das Diretrizes e Bases da Educação (LDB) ficando
reconhecida como de Direito Público. O parecer do Conselho Nacional de Educação
(CNE) de 11/2000 esclarece que a Educação de Jovens e Adultos não visa suprir a
educação perdida e sim uma nova educação. Mas até chegar a essa concepção foi
necessário que a EJA passasse por vários momentos históricos.
Assim, a EJA é uma modalidade de ensino que
está presente no Brasil desde a primeira metade do século XX que passou por
vários momentos de grande significado político-sociais e de lutas para sua
organização e resistência.
A
história da Educação de Jovens e Adultos - EJA - no Brasil é permeada pela
trajetória de ações e programas destinados à Educação Básica e, em particular,
aos programas de alfabetização para o combate ao analfabetismo. Em algumas
ações, para o público jovem e adulto, embora não se constitua o objetivo
principal, é possível identificar também o incentivo à profissionalização,
ainda que de forma tímida. Por um lado, incentivou-se a aprendizagem da leitura
e escrita, para que os jovens e os adultos pudessem exercer o seu “direito” de
voto; por outro lado, o estímulo à alfabetização veio acompanhado das novas
exigências econômicas pela aprendizagem dos elementos básicos rudimentares da
cultura letrada (ALMEIDA, 2015, p. 3).
Desde 1920 havia questionamentos, sobre o
Ensino para os Adultos e o que o Estado deveria fazer, pois se tratava de uma
necessidade pública. Em resposta a estas frequentes inquietações, a Educação de
Jovens e Adultos iniciou em 1940, quando foi dada a partida na Política
Educacional Nacional. Nesta década a Educação de Jovens e Adultos passou a ser discutida
e a ser tratada como um “sistema diferenciado e significativo” para a educação
brasileira, a partir da necessidade educacional para a implantação das
indústrias no Brasil, durante o governo de Getúlio Vargas.
Em 1942, foi instituído o Fundo Nacional de Ensino Primário, alguns programas
foram inseridos, todos voltados para a aprendizagem e o ensino de adultos
contribuindo dessa forma para a expansão da educação direcionados à modalidade.
A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura) tinha conhecimento das necessidades
educacionais no Brasil, e após a deposição de Getúlio Vargas, em 1945, foram
realizadas reivindicações para a redução das desigualdades educacionais, ao
mesmo tempo firmar objetivos e metas à alfabetização.
Um
dos motivos para o surgimento da Primeira Campanha Nacional de Alfabetização
foi a imensa pressão internacional para a erradicação do analfabetismo nas
ditas “nações atrasadas”. Essa pressão internacional se deu pela criação da ONU
(Organização das Nações Unidas) e da UNESCO (Órgão das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura) após o fim da segunda guerra mundial em 1945. A
orientação da ONU e da UNESCO era de que a educação era o meio de desempenhar o
desenvolvimento das “nações atrasadas”. Isso demonstra que os programas de
educação instalados estavam preocupados mais na quantidade de pessoas formadas
do que a qualidade. Além dessas recomendações, era plausível ao momento
histórico interno brasileiro o aumento de pessoas que, diante da lei, pudessem
exercer o direito do voto no caminho da democratização (STRELHOW, 2010, p. 53).
Com a criação do Serviço de Educação de Adultos (SEA), no ano de 1947, ocorreu
um movimento que foi fundamental para o desenvolvimento do processo de ensino
de Jovens e Adultos no Brasil, tendo em vista que sua função seria a promoção
da educação do adulto e a formação do Curso Primário direcionado a adultos, com
profissionais capacitados, atendendo assim as reivindicações da UNESCO.
A partir desta abordagem o estudante da EJA passa
a ser atendido com foco no processo de aprendizagem, sendo direcionado além da
inclusão na aprendizagem
profissional. Tendo em vista que anteriormente o
analfabeto era considerado como um peso por não contribuir para o
desenvolvimento do país. “[...] antes apontado
como causa da pobreza e da marginalização, o analfabetismo passou a ser
interpretado como efeito da pobreza gerada por uma estrutura social não
igualitária [...]” (CUNHA, 1999, p. 12). Com o contínuo crescimento do
analfabetismo, foi necessária uma abordagem que atendesse mais do que apenas o
aspecto profissional, passando a ter um olhar voltado ao trabalho, a
profissionalização e à vida. Marques (2018, p. 11), menciona que é
necessário “ampliar o conhecimento dos Jovens e Adultos, a partir da realidade
que vivem; resgatar a história de vida, abrangendo o conhecimento dos dados
culturais dos alfabetizandos”. Ocorre assim uma
mudança de visão, deixando de lado o preconceito, passando a ser a representação
da Educação para Jovens e Adultos, que só toma essa forma com a contribuição do
Estado a partir do movimento popular que levou a essas mudanças.
Oliveira (2017, p. 2), também enfatiza que:
A
Educação de Jovens e Adultos permeia um campo de práticas e reflexões que,
inevitavelmente, ultrapassa os limites da escolarização, de modo que qualquer
atividade educacional voltada para o público jovem e adulto pode ser
considerada como tal, perpassando todos os níveis da Educação Básica do país.
Em outras palavras, todo e qualquer jovem e adulto que esteja ligado à educação
enquanto aluno, sujeito aprendente, compõe a Educação de Jovens e Adultos.
Estabelecida como uma modalidade de ensino, confere-lhe uma identidade própria,
em que toda a sua ação deve ser planejada e executada de acordo com as
necessidades dos sujeitos a que essa educação se destina. Nesse sentido, a EJA
não é considerada apenas um nível de ensino, mas uma categoria específica que
abrange diversos níveis (OLIVEIRA, 2017, p, 2).
Já na década de 1960, outras campanhas foram
surgindo com objetivos diferentes. A proposta era uma educação igualitária e
para todos. Foram apresentados programas para erradicar o analfabetismo no Brasil,
melhorando assim a imagem do país no cenário internacional.
As ideias de Paulo Freire foram sendo adotadas
nacionalmente. Em muitos estados foram realizadas campanhas de incentivo à
Educação de Jovens e Adultos, voltadas ao processo de ensino e aprendizagem a
partir de movimentos estudantis.
No ano de 1967, já no período militar, foi
implementado o Mobral - Movimento
Brasileiro de Alfabetização. “[...]
fruto do trabalho e realizado por grupo interministerial que buscou uma
alternativa ao trabalho da cruzada ABC [...]” (HADDAD, 2000, p. 114). Uma
organização autônoma, caracterizado pelo envolvimento dos municípios, com ações
descentralizadoras, contando com o apoio da iniciativa privada como também pelo
financiamento por meio de recursos públicos. O MOBRAL, controlava não apenas a
educação de toda a sociedade, mas preparava mão de obra para o mercado de
trabalho, por intermédio da imposição de uma educação de caráter tecnicista. Dessa
forma, buscava atingir os objetivos do projeto nacional do regime militar no
Brasil, servindo aos interesses das elites nacionais e internacionais, visando
o desenvolvimento e o progresso do Brasil, foi planejada a Lei nº. 5.692/71.
A Lei nº. 5.692/71, reconhecendo a educação como um fator de
desenvolvimento econômico, individual e social, e com o propósito de adequar o
sistema ao mercado pela qualificação de forma emergencial, entre outras
determinações, ampliou a obrigatoriedade escolar de quatro para oito anos,
fundiu o ensino primário e ginasial, suprimindo o exame de admissão e
transformou o antigo segundo ciclo do ensino médio no ensino de segundo grau,
criando a escola única profissionalizante.
O Ensino Supletivo, teve início em 1971, procurando
complementar a escolarização e combater o analfabetismo, dando incentivo o retorno
aos estudos daqueles que não tinham completado no tempo regular. Desse modo, o Supletivo
foi criado pela nº Lei 5.692/ 7, com foco apenas em uma escolarização tardia e atividades
educativas de forma flexível para o indivíduo, suprindo assim as suas necessidades.
Foram feitas algumas mudanças no Ensino Supletivo, na
sua proposta ressaltando os interesses governamentais. De acordo com
Haddad (2000):
O ensino supletivo foi apresentado à sociedade como um projeto
escola de futuro, elemento de um sistema educacional compatível com a
modernização socioeconômica, observada pelo país nos anos 70. Não se tratava de
uma escola voltada aos interesses de uma determinada classe popular, mas de uma
escola e por sua clientela, pois a todos deveriam atender uma dinâmica
permanente de atualização (HADDAD, 2000 p.117).
O Ensino Supletivo possuía estrutura, duração e características distintas
dos demais cursos de formação normal. O Estado precisava da educação para atingir
seus interesses de controle social, econômico, político e ideológico,
consolidando, dessa maneira, a ideia de que o ensino deveria estar
fundamentalmente integrado às necessidades econômicas e às exigências do
mercado de trabalho, ao ensino profissionalizante. O Ensino Supletivo objetivava
recuperar o atraso, qualificando os jovens e adultos para o mercado de trabalho
por meio de um novo formato de ensino e de escola.
Para
cumprir esses objetivos de repor a escolarização regular, formar mão-de-obra e
atualizar conhecimentos, o Ensino Supletivo foi organizado em quatro funções:
Suplência, Suprimento, Aprendizagem e Qualificação. A Suplência tinha como
objetivo: ‘suprir a escolarização regular para os adolescentes e adultos que
não a tenham seguido ou concluído na idade própria’ através de cursos e exames
(Lei 5.692, artigo 22, a). O Suprimento tinha por finalidade “proporcionar,
mediante repetida volta à escola, estudos de aperfeiçoamento ou atualização
para os que tenham seguido o ensino regular no todo ou em parte” (Lei 5.692,
artigo 24, b). A Aprendizagem correspondia à formação metódica no trabalho
(...). A Qualificação foi a função encarregada da profissionalização que, sem
ocupar-se com a educação geral, atenderia ao objetivo prioritário de formação
de recursos humanos para o trabalho (HADDAD, 2000, p.116-117).
É possível compreender que o
Ensino Supletivo foi exposto à sociedade como elemento de um sistema
educacional. Não se tratando aos interesses de uma determinada classe, como pretendiam
os movimentos de cultura popular. Por sua flexibilidade, o Ensino Supletivo seria
uma nova oportunidade daqueles que perderam a possibilidade de escolarização em
outras épocas, ao mesmo tempo em que seria a chance de atualização e acompanhamento
do movimento de modernização.
Nos anos de 1980, com o fim da ditadura
militar, a sociedade começou a pensar em novas
contribuições para as questões educacionais. A EJA, neste período, passou por
uma nova composição buscando novas técnicas e metodologias de ensino.
A Fundação Nacional para Educação de Jovens e
Adultos, o Educar, substituiu o MOBRAL, ainda na década de 1980. E com a
Constituição de 1988, o tema educacional foi desenvolvido com interesse social
e a partir daí se estabeleceu que a Educação Básica passasse a ser oferecida
também por meio da EJA. A Constituição Federal estabeleceu, também, a educação
presencial e não apenas a de forma não presencial de ensino.
Num
processo de redemocratização do país, em 1988, a pressão dos movimentos
populares por educação e por escolas melhores e em maior quantidade se fazia em
tamanha intensidade que levou a Constituição Federal a estender o direito à
educação básica aos jovens e adultos como um dever do estado, afirmando sua
obrigatoriedade e gratuidade (OLIVEIRA, 2017, p. 9).
A Fundação Educar foi extinta no ano de 1990,
descentralizando a Educação de Jovens e Adultos, que passa a ser de
responsabilidade dos municípios, mesmo que ainda continuasse havendo
intervenções estaduais.
O principal instrumento da Reforma da Educação, foi aprovação da
Emenda Constitucional 14/96, que suprimiu das disposições transitórias da
Constituição Federal de 1988, o artigo que comprometia a sociedade e os
governos, a erradicar o analfabetismo e universalizar o Ensino Fundamental até
1998, desobrigando o Governo Federal de aplicar nessa finalidade a metade dos
recursos vinculados à educação (HADDAD 2000, p. 123).
As discussões sobre a EJA, continuaram
acontecendo em inúmeros movimentos sociais entre eles estavam Sindicatos, ONGs
ou universidades, todos procurando promover um modelo diferente para atender as
necessidades do público da Educação de Jovens e
Adultos. Nesse contexto, na década de 90, a história da Educação de Jovens e Adultos no
Brasil exigiu reformulações pedagógicas. A LDB dedica dois Artigos, no Capítulo II, Seção V, sobre a
gratuidade e obrigatoriedade de ofertar educação para quem não teve acesso à
educação na idade própria.
A nova Lei de
Diretrizes e Bases (LDB) 9394/96, dedica dois Artigos, no Capítulo II, Seção V,
que reafirmam a gratuidade e obrigatoriedade da oferta de educação para todos
os que não tiveram acesso à educação na idade própria. A Lei diz: Art. 37. A
educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou
continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. 1º Os
sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não
puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais
apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses,
condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. Art. 38. Os sistemas
de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base
nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em
caráter regular (BRASIL, 1996).
Refletindo sobre o contexto
histórico da EJA no Brasil, a educação nos dias atuais necessita
de mais empenho, incentivo e envolvimento dos órgãos governamentais. Há uma
luta que procura pelo reconhecimento e o respeito, dentro de uma educação
formal, mas em uma composição diferente. Assim, é possível evidenciar que foram necessárias várias mudanças
significativas e fundamentais, não somente na legislação, mas na metodologia aplicada
ao processo de ensino e aprendizagem. Essas mudanças foram indispensáveis para a
democratização da educação, principalmente a educação dos jovens e adultos.
3. REFLEXÕES SOBRE A AVALIAÇÃO COMO
INSTRUMENTO DE INTERVENÇÃO E MELHORIA DO PROCESSO EDUCACIONAL
A avaliação é um elemento essencial
ao processo de ensino e aprendizagem para a EJA, pois é por meio da avaliação
que pode ser verificada a metodologia do ensino proposto e até que ponto tem
sido alcançado os resultados pretendidos.
A avaliação possibilita recursos
que podem ser alterados ao longo do processo educacional para assim oferecer
melhores condições de ensino e aprendizagem quando os objetivos, competências e
habilidades, não são alcançados. Assim como os demais elementos didáticos, a
avaliação demonstra características próprias nas diversas abordagens do ensino,
conforme afirma Martins (2012, p. 63):
A transmissão-assimilação: restringe-se à evocação dos conhecimentos
memorizados; feita por meio de interrogatórios orais, provas e trabalhos escritos;
envolve uma vigilância rigorosa e constante sobre a disciplina do aluno.
Aprender a aprender: a avaliação formal (escrita, oral) perde o seu sentido e dá lugar à
autoavaliação e à observação do comportamento do aluno pelo professor.
Aprender a fazer: torna-se importante o padrão de competência e habilidade individual do
aluno; previamente estabelecida por uma equipe de programadores; a avaliação se
faz por meio de testes objetivos tendo em vista a aquisição das habilidades e
das competências.
Sistematização coletiva do conhecimento: a avaliação se faz pela reflexão coletiva do grupo de
alunos e professor, tendo como critério o avanço na capacidade de reflexão
crítica e proposição de alternativas (MARTINS, 2012, p. 63).
Cabe ao professor escolher e elaborar
instrumentos de avaliação que sejam direcionados à intervenção e a melhoria no
processo educacional, bem como a definição dos critérios que serão utilizados
tendo em vista o alcance dos objetivos propostos. É preciso ter sempre ideias
claras sobre a avaliação e o papel a ser por ela cumprido no contexto do ensino
e da aprendizagem. Não permitindo assim que o objetivo primordial da avaliação
seja o de tão somente realizar a identificação do quanto o aluno domina os
conteúdos, mas sim assegurar que a avaliação possibilite verificar quais foram
os caminhos que o levaram a esse conhecimento. Both (2017, p. 47), menciona
que: “é possível configurar, na avaliação, um diagnóstico da realidade quanto o
aluno e à aprendizagem, tanto no início como ao longo do processo,
constituindo-se como elemento facilitador para a tomada de decisão”. Assim,
avaliar a aprendizagem do aluno significa, avaliar o ensino oferecido. É muito
importante perceber que não se avalia o aluno da EJA apenas para saber se ele
aprendeu os conteúdos repassados pelo professor, mas para entender se o aluno
conseguiu compreender além dos conhecimentos construídos a partir das
informações repassadas pelo professor ou já obtidas pelo próprio aluno, conferindo
dessa forma se o aluno obteve as competências, as capacidades e as habilidades fundamentais
necessárias para o seu processo educacional.
Both (2017, p. 193), acrescenta
que:
[...] a avaliação compreende, paralelamente ao ato de
ensinar, a definição de uma metodologia que favoreça a aprendizagem e de um
processo que permita identificar o real nível de desempenho do aluno, bem como
apontar caminhos múltiplos que o levem a aprender (BOTH, 2017, p. 193).
Por meio da avaliação é possível
identificar o nível de desempenho, do rendimento, como também da produção nas
atividades desenvolvidas em sala de aula pelos alunos. A avaliação pode estabelecer
bom relacionamento entre o professor e o aluno, pois a relação que acontece no
processo de ensino, aprendizagem e avaliação, possibilita maior diálogo e
aproximação contribuindo ao direcionamento para os valores educacionais. Assim,
a aproximação e o crescente envolvimento entre o professor e o aluno auxiliam à
concretização dos objetivos educacionais, visando sempre que a avaliação seja desempenhada
como um processo que seja útil para que beneficie o professor e o aluno; seja viável
possibilitando e se viabilizando sua execução; que seja exato para promover a
avaliação conduzida corretamente com instrumentos adequados para que se
obtenham as informações pretendidas; que seja ético e voltado a questão social,
quando se executa o ato de avaliar com transparência de propósitos, tendo como
base o respeito e a justiça.
Os alunos da Educação de Jovens e Adultos
dispõem de conhecimentos que foram construídos ao longo da sua trajetória de
vida e ao ingressam no ambiente escolar, o professor necessita identificar suas
dificuldades e habilidades, dando a oportunidade ao aluno da EJA de ir muito
além do aprender a ler e escrever. Nesse contexto, para desenvolver o processo
de ensino e aprendizagem é preciso propor instrumentos que sejam utilizados nos
processos de avaliação, e que sejam planejados com o propósito de auxiliar no
momento da aprendizagem dos alunos. Faccat (2006, p. 38) destaca que:
Avaliar é um meio para aperfeiçoar o processo do
ensino e da aprendizagem e não um fim em si mesmo, o que pressupõe que a
avaliação é um processo que se materializará através dos seguintes
instrumentos: provas, provas escritas individuais, orais e em grupos,
atividades práticas, atividades de estágios, seminários, debates, pesquisas,
resenhas, apresentações individuais e em grupos, produção de artigos, projetos,
além de outros previstos nos planos de ensino das disciplinas (FACCAT, 2006, p.
38).
Como evidenciado anteriormente, há inúmeras
maneiras de elaborar instrumentos de avaliação, dentre os já mencionados é possível
enfatizar ainda os trabalhos, os testes,
as interpretações, questionários, relatórios, entre outros, de acordo com os
programas de ensino existentes nas redes escolares de ensino que definem
objetivos e conteúdos para uma determinada etapa do ensino.
Se bem planejados, os instrumentos
de avaliação são muito importantes para o processo de aprendizagem, tendo em
vista que esses instrumentos não necessitam serem utilizados somente para a obtenção
de notas objetivando aprovação ou reprovação dos alunos da EJA. Um instrumento
de avaliação mal elaborado pode provocar alterações na avaliação que o
professor realiza, assim, para a elaboração de um instrumento de avaliação é preciso
considerar alguns aspectos importantes, como a linguagem a ser utilizada, que necessita
ser clara, esclarecedora, objetiva; a contextualização daquilo que se investiga,
procurando ter o cuidado na formulação de uma pergunta sem contexto podendo
obter inúmeras respostas e, talvez, nenhuma relativa ao que, de fato, gostaria
de verificar; o conteúdo deve ser significativo, ou seja, deve ter significado
para quem está sendo avaliado; estar coerente com os propósitos do ensino; explorar
a capacidade de leitura e de escrita, bem como o raciocínio.
Fica evidenciado que o instrumento
de avaliação contribua para a intervenção e melhoria do processo educacional, seja
construído e direcionado para o aprendizado e o desenvolvimento específico do
aluno da EJA, pois a avaliação objetiva identificar a realidade qualitativa do
processo de ensino e aprendizagem. E esse é o foco principal que precisa ser
concedido na ação de avaliar.
3.1
Conceituação e concepção da avaliação
mediadora
O processo de avaliar é uma prática que
historicamente vem se desenvolvendo, passando por algumas modificações para
assim melhor se adaptar aos diversos modelos que esse processo exige. Dessa
forma, quem avalia precisa estar voltado para o objetivo da avaliação. Em uma
percepção tradicional sobre avaliação, Luckesi (2003, p. 16), menciona que:
[...] tem a função de exame, pois valoriza os aspectos
cognitivos com ênfase na memorização; a verificação dos resultados se dá
através de provas orais ou escritas, nos quais, os alunos devem reproduzir
exatamente aquilo que lhe foi ensinado. A tradição dos exames escolares que
conhecemos hoje, em nossas escolas, foi sistematizada nos séculos XVI e XVII,
com as configurações da atividade pedagógica produzida pelos padres Jesuítas
(séc. XVI) e pelo Bispo John Amós Comênio (fim do séc. XVI e primeira metade do
séc. XVII). (LUCKESI, 2003, p.16).
O processo de avaliação aplicada pelo professor
aos alunos da EJA vai resultar no modelo de indivíduo que se deseja formar. Avaliar
não deve ser apenas um processo a ser desempenhado e sim como uma
responsabilidade social e política. A avaliação da aprendizagem auxilia nas
análises de resultados com objetivos específicos, pois está ligada às práticas
educativas e de ensino. Assim, a avaliação precisa ser um meio e não um fim do
processo de ensino e aprendizagem, como também o princípio ético deve estar
presente na relação entre o professor e o aluno. Luckesi (2010, p. 180), ainda
enfatiza que:
O princípio ético que pode e deve nortear a ação
avaliativa do educador é a solidariedade com o educando, a compaixão; o que
quer dizer desejar com o educando o seu desejo e garantir-lhe suporte
cognitivo, afetivo e espiritual para que possa fazer o seu caminho de aprender
e, consequentemente, de desenvolver-se na direção da autonomia pessoal, como
sujeito que sente, pensa, quer e age em favor de si mesmo e da coletividade na
qual vive e com a qual sobrevive e se realiza (LUCKESI, 2010, p.180).
Diante do exposto mencionado anteriormente é
possível evidenciar que a avaliação mediadora tem como sua função expressar
um modelo de ação fundamentado por meio do diálogo e da aproximação do
professor com o aluno da Educação de Jovens e Adultos, de maneira que as
práticas de ensino e aprendizagem sejam repensadas e modificadas conforme a
realidade sociocultural desse aluno. O erro, nesta concepção de avaliação, ou
seja, da avaliação mediadora, é classificado como sendo parte do processo na
construção do conhecimento. Para Hoffmann (2009, p. 76) “a teoria
construtivista introduz a perspectiva da imagem positiva do erro cometido pelo
aluno como mais fecundo e produtivo do que um acerto imediato”. Na avaliação
mediadora o erro necessita ser compreendido como uma oportunidade à construção
do conhecimento, tendo em vista que o erro fornece orientações sobre a maneira
da organização do entendimento, da reflexão e do pensamento do aluno da EJA,
pois essas novas informações são fundamentais para o enriquecimento da prática
educativa do professor. A avaliação mediadora tem
como direcionamento à ação reflexiva do ensino e da aprendizagem, ao contrário
da avaliação classificatória, que se direciona ao julgamento de resultados.
“Na concepção de avaliação classificatória, a
qualidade se refere a padrões preestabelecidos, em bases comparativas:
critérios de promoção (elitista, discriminatório), gabaritos de respostas às tarefas,
padrões de comportamento ideal. Uma qualidade que se confunde com a quantidade,
pelo sistema de médias, estatísticas, índices numéricos dessa qualidade.
Contrariamente, qualidade, numa perspectiva mediadora de avaliação, significa
desenvolvimento máximo possível, um permanente “vir a ser”, sem limites
preestabelecidos, embora com objetivos claramente delineados, desencadeadores
da ação educativa. Não se trata aqui, como muitos compreendem, de não
delinearmos pontos de partida, mas, sim, de não delimitarmos ou padronizarmos
pontos de chegada” (HOFFMANN, 2009, p.
31-32).
Assim, a avaliação mediadora tem como prática
desenvolver atividades em benefício do aluno e ao professor cabe contribuir com
o seu sucesso ou fracasso. O professor é o responsável por meio da prática
reflexiva conhecer o seu aluno e identificar a forma mais apropriada à promoção
da aprendizagem levando em consideração seus conhecimentos. Hoffmann
(2009), acrescenta que: “a ação
avaliativa mediadora se desenvolve em benefício do aluno e dá-se
fundamentalmente pela proximidade entre quem educa e quem é educado”. Assim,
na perspectiva da avaliação mediadora o professor é instruído a produzir
momentos desafiadores que tornem capaz a reflexão e ação tornando o ensino e a
aprendizagem mais significativa. Hoffmann (2009, p. 34), ainda menciona
que só é possível: “através de perguntas, fazendo-lhe novas e
desafiadoras questões, na busca de alternativas para uma ação educativa voltada
para a autonomia moral e intelectual”. É por meio da avaliação mediadora que o
professor tem a oportunidade de conhecer o aluno da EJA, pois possibilita
conhecer não apenas a sua realidade, sua vivência, seu saber, mas também seu
modo de pensar e refletir diante das situações problemas propostos nas
atividades realizadas em sala de aula.
Hoffmann (2009, p.75), conceitua
sobre a avaliação classificatória e a avaliação mediadora:
Avaliação classificatória: corrigir tarefas e provas do aluno para verificar
respostas certas e erradas e, com base nessa verificação periódica, tomar
decisões quanto ao seu aproveitamento escolar, sua aprovação ou reprovação
em cada série ou grau de ensino (prática
avaliativa tradicional).
Avaliação mediadora: analisar teoricamente as várias manifestações dos
alunos em situação de aprendizagem (verbais ou escritas, outras produções),
para acompanhar as hipóteses que vêm
formulando a respeito de determinados assuntos, em diferentes áreas de
conhecimento, de forma a exercer uma ação educativa que lhe favoreça a
descoberta de melhores soluções ou
a reformulação de hipóteses preliminarmente formuladas. (HOFFMANN, 2009, p.75).
Dessa
forma, entende-se que a avaliação classificatória está direcionada ao aspecto
quantitativo, dando ênfase apenas a quantidade de conteúdos e nos acertos às
atividades propostas aos alunos e não ao processo da construção do conhecimento
e da aprendizagem, característico da avaliação mediadora.
É preciso que o professor disponha durante suas
aulas com alunos da EJA de uma postura reflexiva, bem como uma formação
continuada para melhor avaliar o aluno, como avaliar a si mesmo. Güllich (2013, p.70), afirma que: “[…] sem avaliação
contínua, não se tem um feedback do planejamento desenvolvido”. Assim, o
professor necessita frequentemente realizar as devidas intervenções procurando
novos caminhos e alternativas para que a aprendizagem aconteça. A avaliação
mediadora é um acompanhamento dinâmico da ação e reflexão, uma prática para
instigar o aluno da EJA e uma maneira de entender as dificuldades e o processo de
ensino e aprendizagem. A avaliação mediadora objetiva a promoção da construção
do conhecimento. Considera o erro como algo que faz parte do processo de
aprendizagem, um meio de formação dos conhecimentos e não como uma maneira de
reprovação. Para Loch (2000, p.31), avaliar:
[...] não é dar notas, fazer médias, reprovar ou
aprovar os alunos. Avaliar, numa nova ética, é sim avaliar participativamente
no sentido da construção, da conscientização, busca da auto crítica, autoconhecimento
de todos os envolvidos no ato educativo, investindo na autonomia, envolvimento,
compromisso e emancipação dos sujeitos (LOCH, 2000, p.31).
O professor deve utilizar a avaliação mediadora
como parte de um instrumento de ensino, com novas propostas que objetivem a
aprendizagem efetiva de forma coerente, ética, inclusiva, autônoma e
construtiva, diferente dos exames, que servem apenas para classificar e que são
usados de maneira equivocada. A
avaliação mediadora é uma forma de identificação do aluno como aprendiz, como
ele está se desenvolvendo diante das atividades, das dificuldades, no processo
de aprendizagem. A partir dessas informações, o professor reflete sobre sua
atuação em busca de melhorias. O diálogo torna-se essencial para que a avaliação
mediadora possa alcançar seus objetivos, pois com a aproximação e o bom
relacionamento entre o professor e seus alunos da EJA, os conhecendo, possibilita
dar importância e significado ao que os alunos precisam aprender, integrando
aprendizagem aos conhecimentos preexistentes.
4. A FUNÇÃO DO PROFESSOR QUE AVALIA E SUA
INTERVENÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Alguns professores procuram utilizar
diferentes métodos de avaliação, no momento de avaliar seus alunos, seja por intermédio
da aplicação de provas e testes; já outros professores buscam novos métodos de
avaliação, visando melhor entendimento desse processo, no intuito de aprimorar
e tornar ainda mais produtivo e eficaz. O processo de avaliação representa para
o professor um momento de obtenção de elementos que irão servir de reflexão
sobre a sua prática pedagógica docente, como também sobre a construção no
processo do ensino e da aprendizagem. Both (2017, p. 37), ressalta que: “o ato
de avaliar pode, então, contribuir decisivamente para o estabelecimento de uma
autoavaliação por parte do professor”. É
possível compreender que avaliar o aluno da Educação de Jovens e Adultos exige
do professor muita reflexão ao processo de ensino e aprendizagem e na realidade
escolar na qual o aluno está inserido, mas também se faz necessário conhecer
quem é este aluno o qual se pretende avaliar. Nessa concepção, a avaliação
segundo Saul (2008, p. 23):
[...] tem função diagnóstica; favorece o
autoconhecimento do educando; contribui para que o educando se torne o sujeito
do seu processo de aprendizado; tem compromisso com a educação democrática, com
propósitos e práticas de inclusão dos educandos; propõe uma relação pedagógica
democrática entre educador e educando; ajuda o educando a aprender e o educador
a ensinar; auxilia o professor a replanejar a sua ação; prioriza os aspectos
qualitativos do conhecimento do educando; enfatiza o processo e o resultado do
aprendizado; é participativa (SAUL, 2008, p. 23).
O processo de avaliação precisa ser realizado de forma
contínua e sistemática, objetivando diagnosticar e registrar os progressos do
aluno e como também as suas dificuldades; possibilitar que os alunos façam auto
avaliação da sua aprendizagem; orientar os alunos quanto aos esforços
necessários para superar suas dificuldades; organizar as atividades de
planeamento e replanejamento dos conteúdos curriculares. Assim, o processo
avaliativo do ensino e da aprendizagem está compreendido na análise do
conhecimento, dos procedimentos específicos e dos aspectos formativos obtidos
pelo aluno, por meio da sua participação nas atividades desenvolvidas durante
as aulas. Para Uhmann e Zanon (2014, p. 4) “o
professor pode e deve atuar como um guia regulador por meio de estratégias
avaliativas de ensino, até o aprendiz assumir maior capacidade cognitiva nas
atividades curriculares e extraescolares”. É necessário perceber que as
particularidades da EJA presumem entender que, para serem atendidas, é preciso
que o professor detenha saberes específicos e os alunos da EJA precisam ser
compreendidos como indivíduos ativos, independentes e sociais.
Atribuir um novo significado à avaliação requer, do
professor, a análise da sua prática, que, quando voltada para promover a
aprendizagem, precisa ser permeada por intervenções junto ao aluno. Com esta
finalidade, avaliar não pode ser considerado como um ato mecânico, consolidado
na atribuição de notas, mas sim como um momento de parada e análise da
caminhada do aluno, no curso da aprendizagem e das formas como o ensino vem
sendo efetivado. Ter este olhar para a avaliação é reconhecê-la como um
processo, que visa não somente enfatizar aquilo que o aluno já se apropriou,
mas identificar a forma como o ensino procedeu (NASCIMENTO, 2012, p. 100).
A avaliação é um processo didático que precisa ser revisto
constantemente, um processo necessário e permanente às atividades do trabalho
do professor, que tem por finalidade acompanhar à metodologia que se dá ao ensino
e a aprendizagem. O professor como
interventor no processo de ensino-aprendizagem sempre precisa buscar uma
reflexão no nível da qualidade do seu trabalho no ambiente escolar, objetivando
que os dados coletados no decorrer do processo de ensino, sejam eles quantitativos
ou qualitativos, necessitam ser interpretados em relação a um padrão de
desempenho e expressos por conceitos a respeito do rendimento escolar do aluno.
Dessa forma, a avaliação desempenha papel pedagógico-didático, de diagnóstico e
controle em relação a instrumentos de verificação do aproveitamento escolar. Sob
este enfoque, Veiga (2004, p. 15), entende que:
Analisar e revisar o processo de ensino à luz do
contexto social, às mudanças ocorridas na instituição educativa e às condições
objetivas do exercício profissional é uma tarefa do professor. Essas mudanças
exercem uma influência no planejamento e no desenvolvimento do processo
didático (VEIGA, 2004, p. 16).
Na educação direcionada para jovens e adultos é fundamental
que o professor tenha o interesse em conhecer seus alunos para que possa desempenhar
sua prática mediante às necessidades desses alunos individualmente. Oportunizando
um ambiente que demonstre confiança mútua no qual as atividades desenvolvidas
por eles aconteçam sem apreensão e punição, na qual os erros sejam vistos como
parte do processo de ensino e se transformem em ferramenta de aprendizagem. Assim,
“a avaliação significa ação provocativa do professor, desafiando o educando a
refletir sobre as situações vividas, a formular e reformular hipóteses,
encaminhando-se a um saber enriquecido” (HOFFMANN, 2005, p.120). A avaliação,
enquanto concepção a novas maneiras de proporcionar aprendizagem, ganhar diferentes
formas, assumindo na prática diária características diversas.
Para que o professor avalie seus alunos da
Educação de Jovens e Adultos de maneira satisfatória e seja um interventor no
processo de ensino-aprendizagem é preciso que ele possua conhecimento quanto as
várias formas de avaliação, assim de acordo com Ferreira e Costa (2017, p. 29-32),
as modalidades de avaliação para a reflexão à prática do professor ao avaliar
seus alunos são:
Avaliação inicial: colaborará para o professor sondar alguns conhecimentos prévios sobre
este aluno [...]. Também podemos analisar seus contextos social, cultural e
familiar, pois ela irá nos trazer várias informações de vivência dessas
realidades.
Avaliação formativa: considera-se que é a mais importante, pois possibilita o professor
realizar reflexões [...]. Avaliação formativa para o aluno é para que ele tome
a consciência do aprendizado e assim corrigir os erros cometidos. A avaliação
formativa contribui para desempenho do professor e também do aluno pois ambos
são os maiores beneficiários. A avaliação formativa é considerada um processo
que permite ser modificado e com objetivo melhorar aprendizagem e o ensino e
amenizando o fracasso escolar.
Avaliação somativa: é o último procedimento na avaliação. A avaliação somativa é o último
procedimento na avaliação [...]. As provas convencionais fazem parte desse tipo
de avaliação. Pode ter outros tipos de critério que combinam entre si os
objetivos para que sejam atingidos e relação ao resultado do grupo.
Avaliação mediadora: é nada mais que uma avaliação reflexiva. Para que haja essa reflexão
na avaliação é necessário que se crie um diálogo. Este diálogo deve ocorrer com
os próprios professores, ou seja, estes devem perguntar a si mesmo os seus
propósitos, os seus ideais [...] e os seus princípios de educar [...]. Assim, a
avaliação mediadora permite que aluno e professor construam novos conhecimentos
sempre dando respeito à forma de pensar um do outro. Por meio desta avaliação,
o professor irá conhecer melhor seus alunos e poderá criar ações em prol do
desenvolvimento do ensino de seus alunos (FERREIRA
E COSTA, 2017, p. 29-32).
O entendimento apresentado anteriormente sobre as
modalidades de avaliação serve como referência para o professor da Educação de Jovens
e Adultos refletir sobre sua prática educativa enquanto interventor/mediador do
conhecimento. A sua ação precisa ter a competência
de fazer da prática avaliativa um instrumento de transformação na medida em que
conheça a vivência dos seus alunos, fazendo também parte dessa experiência,
facilitando dessa forma a socialização e a construção de um saber que por sua
vez se torna mais significativo para os alunos da EJA.
De acordo com Araújo (2007, p. 42-43):
A avaliação de sala de aula deveria funcionar como um
retrato que mostrasse a situação de aprendizagem do estudante. [...] o processo
de avaliação precisa ser visto com um instrumento pedagógico, não como uma
forma de punição. Deve ser usado para fazer um diagnóstico das deficiências de
aprendizagem de cada aluno e para detectar o que o professor não conseguiu
desenvolver ao longo do ano letivo. [...] que habilidades e competências não
foram alcançadas, as atividades são replanejadas buscando o avanço da turma.
Isso significa diversificar materiais, estratégias de ensino como: jogos,
elaboração de materiais, pesquisas, leituras e também o modo de avaliar (ARAÚJO, 2007, p. 42-43).
Assim, é possível compreender que a avaliação
influencia diretamente no processo do aprendizado e na maneira que o ensino
está sendo aplicado. Discutir sobre as concepções de avaliação empregada pela
escola é essencial para ter conhecimento do que está sendo desenvolvido, qual a
forma mais apropriada para se avaliar o aluno da EJA e qual a posição que esses
alunos estão diante dos métodos avaliativos empregados pelo professor.
4.1 As
intenções da avaliação mediadora: o professor pode fazer a diferença?
A ação de avaliar quando bem planejada com o ato de ensinar,
objetiva a melhoria no desempenho dos alunos da EJA, devido ao seu desenvolvimento
cognitivo e a sua evolução. Dessa forma, antes de planejar a avaliação é preciso
pensar no contexto escolar desde o planejamento das diferentes metodologias
avaliativas a serem utilizadas.
As intenções da avaliação mediadora é possibilitar o
professor a realizar suas ações visando orientar o aluno da EJA sobre a sua
aprendizagem, sobre como o aluno pode aprender melhor, sendo assim, o professor
no decorrer das atividades habituais pode fazer com que o aluno reflita com
relação ao conteúdo que está aprendendo por meio de uma orientação bem mais planejada.
Assim, a avaliação da aprendizagem na concepção mediadora torna-se um instrumento
democrático, não somente com a participação ativa do professor como também do
aluno. Rodrigues (2000, p. 80), evidencia que: “a avaliação deve ser
considerada pelos educadores, pois como uma tarefa coletiva, e não uma
obrigação formal, burocrática e isolada no processo pedagógico”. A avaliação
mediadora torna o aluno da EJA parte do processo de ensino e aprendizagem, pois
permite que o aluno possa construir saberes em conjunto com o professor, oportunizando
atividades de estudo mais dinâmicas e desafiadoras, não permitindo que o objetivo dessas
atividades, nem das avaliações sejam apenas direcionados a obtenção de notas
finais.
Hoffmann (2009, p. 29), afirma que:
As notas e as provas funcionam como redes de segurança
em termos do controle exercido pelos professores sobre seus alunos, das escolas
e dos pais sobre os professores, do sistema sobre suas escolas, controle esse
que parece não garantir o ensino de qualidade que pretendemos, pois as
estatísticas são cruéis em relação à realidade das nossas escolas. (HOFFMANN,
2009, p. 29).
O professor diante da perspectiva da avaliação
mediadora, tem a oportunidade de conhecer as dificuldades individuais de cada
aluno da EJA, sabendo que esses alunos, cada um dispõe o seu tempo para a
construção do conhecimento. Assim, para Hoffmann (2009, p. 76-77) “a avaliação
mediadora exige a observação individual de cada aluno, ao seu momento no
processo de construção do conhecimento [...]”. O professor necessita observar,
estar atento a cada aluno individualmente e, a partir daí produzir estratégias
que melhor desenvolva a autonomia e a aprendizagem desse aluno. Há inúmeros
instrumentos didáticos pedagógicos, metodológicos que podem auxiliar na
construção do conhecimento, ao professor compete pesquisar diferentes
estratégias para promover o aprendizado. Dessa forma, a avaliação mediadora
parte do pressuposto da mediação entre o professor e o aluno como protagonistas
no processo ensino-aprendizagem.
Libâneo (2013, p.
28) destaca o processo ensino-aprendizagem como:
[...] uma atividade conjunta de professores e alunos,
organizada sobre a orientação do professor, com a finalidade de promover as
condições e meios pelos quais os alunos assimilam ativamente conhecimentos,
habilidades, atitudes e convicções (LIBÂNEO, 2013, p. 28).
O processo avaliativo mediador na EJA, precisa ser
praticado pelo professor como uma forma de oportunizar a participação dos alunos
nas atividades que serão importantes para o futuro, e a vida desses alunos.
Logo, a avaliação precisa ser analisada para que os alunos da EJA possam ter
uma boa aprendizagem, que possam evoluir nos conhecimentos adquiridos, desenvolvam
o saber questionar, a pensar de forma crítica e consciente. É nessa perspectiva,
a avaliação mediadora objetiva com a sua prática o desenvolvimento eficaz para
os alunos. O professor precisa trabalhar com os
alunos a sua autoestima, autoconfiança, para que eles busquem a sua própria
realização profissional, acreditando no conhecimento como produção, crescimento
social e pessoal, pois sabe-se que a Educação de Jovens e Adultos é composta
por pessoas que possuem histórias de vida diferentes, fazendo parte de um
processo de desigualdade que muitas são excluídas dos direitos sociais como do
sistema educacional.
Conforme Gadotti (2009, p. 14):
A Educação de Adultos é o espaço da diversidade e de
múltiplas vivências, de relações intergeracionais, de diálogo entre saberes e culturas.
Ao lado da diversidade está também à desigualdade que atinge a todos, sobretudo
num país injusto como o nosso: negros, brancos, indígenas, amarelos, mestiços,
homens, mulheres, jovens, adultos, idosos, quilombolas, ribeirinhos,
pescadores, agricultores, pantaneiros, camponeses, sem-terra, sem-teto,
sem-emprego. Das periferias urbanas e dos campos (GADOTTI 2009, p. 14).
A partir da compreensão do exposto, vale ressaltar que o
professor deve realizar sua prática
pedagógica direcionada à valorização da pessoa, que não está voltada para
apenas à aquisição da leitura e da escrita, mas sim as experiências vivenciadas
pelos alunos, de modo que, os alunos da EJA se sintam valorizados no meio em
que estão inseridos, construindo, dessa forma, suas próprias histórias de
maneira crítica e participativa na sociedade. Assim, o processo educacional
encontra-se diante de uma nova maneira de avaliar, colocando em questão não
apenas um projeto de ensino, mas uma mudança política e social, pois a
avaliação mediadora serve a um projeto de sociedade onde não há exclusão,
discriminação e individualidade, mas inclusão, respeito e coletividade, tendo
em vista a aprendizagem de todos os alunos.
Nogueira (2009, p. 02) expressa que:
Cabe ao professor perceber o que os alunos almejam com
os estudos e com base nessa informação ele deve construir uma prática para
atender às diferentes necessidades de aprendizagem. Deixar que cada aluno
contribua com suas lembranças e experiências é fundamental para que todos se
sintam inseridos neste processo. Nesse caso, deve-se priorizar o que é
relevante de fato para a turma, ao mesmo tempo repensar as formas de mediação
dos conteúdos e de avaliação da EJA (NOGUEIRA, 2009, p. 02).
Se faz necessário esquecer a prática de
ensino tradicional na qual a avaliação encontra a terminalidade no erro do aluno,
por meio da avaliação mediadora é preciso considerar o erro como uma forma
construtiva passível de descobertas para melhores soluções dos problemas de
aprendizagem apresentados pelos alunos da EJA. Assim, pode-se dizer que ao
observar o “erro” do aluno da EJA na avaliação mediadora, o professor poderá
organizar sua atuação pedagógica em prol da aprendizagem do aluno. Luckesi
(2006, p. 58), aponta que: “o erro não é fonte de castigo, mas um suporte para
o crescimento”. Como já foi compreendido
ao longo deste trabalho sobre a prática da avaliação mediadora e anteriormente
reforçado por Luckesi, o professor, por meio da avaliação mediadora, deve considerar
o erro como algo construtivo, utilizando-o como fonte de aprendizagem e não como
forma de reprovação.
É importante que o professor na sua prática educativa faça
a diferença no processo de ensino-aprendizagem, pois vale lembrar que os alunos
da Educação de Jovens e Adultos estão em busca de uma educação para fins de
carreira profissional, são jovens e adultos que estão fora do processo formal
de ensino e procuram a Escola em busca de qualificação. Estes alunos trabalhadores
necessitam reintegrar-se ao sistema educacional para, futuramente, tentarem a colocação
no mercado de trabalho e exercer a sua cidadania de forma mais digna. A
Proposta Curricular Nacional (2002, p.10), enfatiza:
Os cursos destinados à Educação de Jovens e Adultos
devem oferecer a quem os procura a possibilidade de desenvolver as competências
necessárias para a aprendizagem dos conteúdos escolares, bem como a
possibilidade de aumentar a consciência em relação ao estar no mundo, ampliando
a capacidade de participação social, no exercício da cidadania (BRASIL, 2002,
p.10).
Considerando o contexto acima, cursar a EJA é um
meio desses alunos conseguirem reconquistar seu espaço na sociedade. Assim,
focar o processo de ensino e aprendizagem na avaliação mediadora sintetiza na
aquisição de conteúdos vinculados às apresentações já trazidas pelos alunos de
seu contexto social e político. Contribuindo,
dessa forma, para o desenvolvimento de competências em vários campos do saber
que tenham real significado para a vida dos alunos da EJA. Diante dessa
perspectiva, Moretto (2007, p. 25) salienta que:
O
professor precisa, em primeiro lugar, conhecer bem os conteúdos pertinentes à
sua disciplina. Em seguida, precisa ter as habilidades necessárias para
organizar o contexto da aprendizagem, escolhendo estratégias de ensino
adequadas. Na escolha dessas estratégias ele deve levar em conta os valores
culturais de seu grupo de alunos e dirigir-se a eles com uma linguagem clara,
precisa e contextualizada (MORETTO, 2007, p. 25).
Assim, o professor que trabalha com a EJA deve construir
conhecimento apropriado com esses alunos, o qual objetiva seu espaço social por
meio da educação. A avaliação mediadora torna-se muito importante para a EJA e deve
ser vista como uma ação reflexiva, articulada com a prática docente. Deste modo,
a ação pedagógica na Educação de Jovens e Adultos não pode ser apenas a
transmissão de saberes, mas o incentivo à reflexão sobre os fundamentos que definem
as condições desses alunos que procuram essa modalidade de ensino. A EJA necessita
ser entendida, como instrumento de transformação no processo de formação social
e, diante do reconhecimento às questões sociais, deve desenvolver a capacidade
de consciência crítica no processo de ensino-aprendizagem, implicando na ação e
na reflexão para o aluno.
5. METODOLOGIA
6.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
As práticas avaliativas do professor da
EJA, infere a necessidade de uma formação contínua e empenho à pesquisa, pois
somente o professor pode reconstruir seus conceitos em busca de novas metodologias
de ensino. Para isso, o professor precisa refazer o seu ato de avaliar, no sentido de que novos paradigmas
avaliativos sejam construídos e com isso novas práticas possam surgir, como a
avaliação mediadora, considerando que uma das suas funções se configura no erro
dos alunos da EJA, mas em um processo de acompanhamento sistemático e contínuo
realizado durante todo o processo do ensino e da aprendizagem. Assim,
considera-se que, a avaliação mediadora é um processo de construção
continua, com a finalidade de auxiliar o jovem e o adulto, enquanto alunos, a
desenvolver seus conhecimentos, habilidades e atitudes e principalmente sua autoestima.
É fundamental que o
professor como agente e interventor do ensino e da aprendizagem esteja disposto
a empregar aulas que sejam estrategicamente favoráveis ao aprendizado. Que a
mudança das práticas educativas exija novas concepções no dia a dia da sala de
aula diante de
um novo olhar e uma nova prática sobre os processos de aprendizagem, os
conhecimentos cognitivos e a descontextualizarão dos conteúdos, assim esses
alunos poderão ser vistos como protagonistas da sua própria história, sendo capazes
de avaliar o seu próprio desempenho e ser avaliado durante todo o processo educacional.
Dessa forma, a avaliação mediadora deve ser trabalhada
para que o aluno da EJA possa ter uma boa aprendizagem, desenvolva os
conhecimentos adquiridos, possam saber questionar, pensar de forma crítica e
consciente. É nesta perspectiva, que a avaliação mediadora obtém seu resultado
eficaz no processo de ensino e aprendizagem.
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